domingo, 31 de agosto de 2008

Caminhos que nunca se cruzam


Estava eu sentada a beira do mais infinito lago, minha vida, e nunca avistava a outra margem. O que percebi, é que, para atravessar esse lago, muitas brisas ainda soprar, muito sol ainda iria me queimar e, muito tinha que remar.
Entretanto, pensei...quantas diferentes pessoa não iria encontrar ao longo dessa jornada. Quantas pessoas iriam valer realmente à pena conhecer? Quantas iriam mudar meu destino? Quantas iriam ser minhas amigas? E mais, quantas não iria nem conhecer?
Essas perguntas me afligiam naquele momento de escolhas e decisões. Eu estava ali, solitária e pensativa. Garanto-lhe, que se 100 pessoas passassem por ali me perguntando o que fazia sentada lá, teria 101 respostas pra dá, a centésima primeira, seria eu...
Mas questionava-me porquê estava só, logo eu uma mulher de muito prestígio, uma mulher criada nos mais belos princípios e uma mulher de conceitos. Por que?
Uma jovem que tem boa formação, era pra está bem acompanhada, ser bem desejada. Mas o que tirava de mim essas regalias, que mulheres normais teriam? ...mas eu sou normal! Ou não sou?
Fiquei a imaginar uma coisa...
Nunca encontrei alguém que realmente fizesse-me sentir mulher. Alguns caminhos nunca chocavam-se com o meu, nunca encontrava a pessoa certa, o homem certo.
E naquele momento meu desespero aumentava e sem perceber, havia vida a minha volta. Havia pulsações naturais que me corroía por dentro, que aumentava meus anseios, que me diziam, você não está só.
Na mesma hora levantei-me do banco e gritei ao vento: Cadê essa pessoa que está comigo? Destino, você é cego, ou burro, não tá me vendo só?
Joguei-me ao chão, chorando. Rolava na grama, como se meu mundo estivesse desmoronado.
Perdi a complacência de ser a mocinha delicada, gentil, certinha. A ''moça do salto alto'', a qual todos se referiam, estava lá aos prantos naquele chão. A moça a qual todos a viam de ''baixo para cima'', estava lá no mesmo lugar.
Pra que me serviu tantos anos de estudo? Pra que serve toda a fortuna tola que ganho, se nem ao menos consigo esboçar um sorriso?
Agora eu estava lá, numa provável sarjeta, sem ninguém pra me consolar.
Vi uma leve chuva cair, molhando meu rosto, aumentando mais minha agonia.
Quando achava que tudo havia terminado, a chuva parou de molhar, e uma leve brisa soprou aos meus ouvidos dizendo: muitos caminhos jamais se cruzarão, entretanto procure o seu no lugar mais provável de se encontrar...
Levantei-me, sentei-me novamente naquele banco, e continuei a esperar...
...pela próxima brisa.

Ps.: Acho que não ficou bom...fui muito tosco e estou preparado para as críticas!


4 comentários:

Fóssil disse...

Interessante colocar uma espera do lado de algo como o lago. O algo flui, mas ainda assim não se encontra com o mar... a moça pensa, se descabela, se joga no chão.

Mas no final das contas, espera.

Gostei =]

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...

...pela próxima brisa. Concentro-me e encontro aqui um mundo de mim mesmo. Adorável!
beijos

Paladino disse...

Sensível, eu sei que este texto não é seu.

Anônimo disse...

..estamos sempre esperando pela proxima brisa!!! Adorei!